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Eletrocardiograma

Introdução

August. D. Walter é considerado o pai do eletrocardiograma, pois em 1887 ele registrou pela primeira vez os sinais elétricos do coração e observou que os traçados do cão, gato  e do homem eram semelhantes e acompanhados de batimentos cardíacos.

W. Einthoven desenvolveu o eletrocardiograma de fita e batizou as ondas de P, Q, R, S e T, depois propôs a tese do triângulo equilátero que deu origem as derivações periféricas do eletrocardiograma.

O eletrocardiograma é um método não invasivo, atraumático e que se tornou um dos exames mais utilizados para problemas cardíacos. Ele é o melhor método para os estudos de arritmias cardíacas e para sua interpretação é necessário o domínio dos princípios eletrofisiológicos do coração, pois para que os sinais elétricos do coração se formem é necessário que um complexo mecanismo de movimentação iônica aconteça na célula.

 

Potencial de Repouso

O estado de repouso, também são chamado de polarizado, é o estado na qual a membrana da célula esta com o interior eletricamente negativo em relação ao exterior. O potencial de repouso ocorre principalmente devido a bomba de Sódio-Potássio, a permeabilidade diferencial da membrana e as macromoléculas intracelulares com carga negativa.

 

Potencial de Ação

No coração existem algumas células especializadas em formar potenciais de ação, chamadas de células “marcapasso”, e em condições normais quando elas despolarizam inicia-se o batimento cardíaco. Devido a essas propriedades elas são responsáveis por iniciar os batimentos cardíacos e determinar o ritmo e a frequência cardíaca.

O potencial de ação pode ser definido como a despolarização da célula polarizada. A despolarização é quando o lado interno da membrana fica positivo e o lado externo fica negativo, enquanto a repolarização é o retorno da célula ao seu estado inicial de repouso, o estado polarizado.

 

O eletrocardiograma é o registro gráfico da voltagem em relação ao tempo, demarcando a atividade elétrica nas diferentes fases do ciclo cardíaco. Ele é o exame que verifica a intensidade, frequência, direção e ritmo desses estímulos, que podem estar afetados em um problema primário do sistema de geração e condução ou devido a outro problema ja existente no coração.

Ele é de fácil execução pois não é invasivo e dispensa sedação do paciente, sendo sua interpretação breve, sua aplicabilidade extensa e não limitada a cardiopatias.

 

Indicações

1-      Diagnosticar bradicardias, taquicardias ou arritmias detectadas no exame físico.

2-       Avaliar pacientes com histórico de síncopes, convulsão ou intolerância a exercícios.

3-      Avaliar paciente diagnosticados como cardiopatas.

4-      Controle de terapia antiarrítmica, incluindo paciente com suspeita de intoxicação por digoxina

5-      Avaliar pacientes que sofrem estimulação vagal excessiva como em pneumopatias, neuropatias e afecções do trato gastrointestinal

6-      Avaliar pacientes com afecções sistêmicas que levam a distúrbio eletrolíticos. Hipercalemia, hiponatremia, hipercalcemia e hipocalcemia.

 

Este exame não fornece informações sobre a origem da doença, tampouco sobre a função cardíaca, podendo através de algumas evidências sugerir dilatação ou hipertrofia do coração, distúrbios de eletrólitos ou estimulação vagal.

Fases do Potencial de Ação
Eletrocardiograma canino
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